Flávio Dino e Jair Bolsonaro (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil | GovSP | Reuters/Joe Skipper)

Brasil 247 – O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), afirmou que a divulgação do cartão de vacinação de Jair Bolsonaro (PL) está relacionada ao dever de “veracidade” que os agentes públicos precisam manter perante a sociedade.

“Um agente público, especialmente o presidente da República, tem o dever de veracidade” disse Dino em referência à divulgação da informação de que o ex-mandatário teria se vacinado contra a Covid-19 enquanto negava a eficácia das vacinas e incentivava o uso de remédios sem eficácia científica comprovada no combate à doença.

“Se uma informação é fundamental para aferir o cumprimento ou não desse dever, prepondera o interesse público por sobre o direito à privacidade”, destacou o ministro, segundo a coluna do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles. “O presidente tem o dever de manter a dignidade, a honra e o decoro do cargo. Está na Lei 1.079. Logo, sob essa ótica que deve ser analisada a existência ou não de interesse público”, completou.

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, usou as redes sociais para afirmar que a suposta alteração do cartão de vacinação de Bolsonaro deve ser apurada com rigor pela Controladoria-Geral da União (CGU) e que, caso seja comprovado que ele se vacinou, “isso será mais uma prova da ficha corrida de crimes praticados por Bolsonaro contra o Brasil”.

“A CGU apura se houve adulteração na carteira de vacinação do ex-presidente. É preciso extremo rigor na apuração do que pode configurar mais uma fake news gravíssima – e mais uma prova da ficha corrida de crimes praticados por Bolsonaro contra o Brasil”, postou Padilha no Twitter.

Já a deputada federal Maria do Rosário ressaltou que “enquanto milhares morriam por seguir sua postura anti vacina, registros indicam que Bolsonaro já havia se vacinado com dose única da Janssen. Mentiroso e covarde. Que responda por seus crimes!”,

O negacionismo de Bolsonaro custou ao Brasil 700 mil mortes, um dos maiores índices de óbitos do mundo pela Covid-19.

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