Marcos Braz, Vítor Pereira e Rodolfo Landim                                                                            Foto: MARCELO CORTES/FLAMENGO

Por Luan Araújo/DCM

O Flamengo foi eliminado do Mundial de Clubes da FIFA nesta terça (7), ao perder para os sauditas do Al-Hilal por 3 a 2, em partida disputada em Rabat, capital do Marrocos. A derrota do time rubro-negro pode ser vista de vários ângulos: como vexatória, pelo poderio financeiro do clube atualmente; preocupante para o futebol brasileiro e sul-americano, que não vê um título no torneio desde o Corinthians de 2012 e muitas outras coisas. Mas não podemos não falar de dois elementos que mereceram essa derrota: a arrogante e egoísta diretoria rubro-negra e o técnico português Vítor Pereira, que está no Brasil há menos de um ano e coleciona frases e atitudes, no mínimo, questionáveis.

Capitaneada pelos bolsonaristas assumidos Rodolfo Landim e Marcos Braz, a diretoria do Flamengo se acostumou nos últimos anos a passar por cima de qualquer coisa para ser absoluta no futebol brasileiro. Desde voltar a treinar escondido antes de todo mundo em pleno auge da pandemia, passando por forçar a volta do futebol no país enquanto milhares de pessoas morriam nos hospitais, por implodir os direitos de transmissão do campeonato estadual do Rio de Janeiro e também pelo modo predatório como parte para cima de times em situação financeira inferior.

Essa forma predatória de gerir o futebol do clube teve um bom exemplo no fim do ano passado, quando Braz e Landim resolveram dispensar o técnico Dorival Jr., campeão da Copa do Brasil e da Libertadores em 2022 para trazer Vítor Pereira, que havia acabado de deixar o comando do Corinthians alegando problemas de saúde de sua família que o obrigaria a voltar para Portugal.

Mas só que o que começa errado, normalmente termina errado. Normalmente o futebol não é lá muito justo, mas a derrota do Flamengo para o time saudita foi emblemática. Castigou um time que terminou o ano bem, mas que resolveu ter um rompante de grandeza, foi dominado completamente pelo campeão asiático, que impediu um hipotético confronto dos rubro-negros com o Real Madrid na decisão. E castigou um treinador que não tem a menor noção e o maior respeito com as instituições do futebol brasileiro. E que como prêmio, perdeu dois títulos (o primeiro tinha sido a Supercopa do Brasil, para o Palmeiras) em 10 dias.

Num país que tenta se livrar das amarras do egoísmo e do bolsonarismo, derrotas de pessoas como Landim, Braz, e Vítor Pereira, que passam por cima de qualquer ética para vencer, até que são um fio de esperança.

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